Entre os hominídeos, pesquisas mostram que o tamanho do cérebro está associado a diversos fatores que em última instância refletem o sucesso em se alimentar, como é o caso da capacidade de preparar alimentos, estratégias para poupança de energia, postura bípede e habilidade em correr.
O consumo de ácidos graxos da família ômega-3 é a mais estudada interação entre alimento e a evolução das espécies. O ácido docosahexaenoico (DHA) pode ser considerado o ácido graxo mais importante para o cérebro, já que é o mais abundante nas membranas das células cerebrais e é considerado essencial por não ser produzido pelo organismo humano, que precisa obtê-lo por meio de dieta.
Acredita-se que o consumo de ômega-3 teria sido fundamental para o processo de aumento na relação peso cérebro/ peso corpo, fenômeno conhecido como encefalização, ou seja, aumento progressivo do tamanho do cérebro em relação ao corpo ao longo do processo evolutivo. Estudos arqueológicos apoiam essa hipótese, já que esse processo de encefalização não ocorreu enquanto os hominídeos não se adaptaram ao consumo de peixe.
Deficiência de ômega-3 está associada a uma série de transtornos neuropsiquiátricos, como é o caso de depressão, transtorno bipolar, esquizofrenia, transtorno de déficit de atenção e dislexia.
Dietas ricas em ômega-3, ou até mesmo na forma de suplementos alimentares, são capazes de melhorar o aprendizado e memória de crianças e ainda reduzem o risco de desenvolver depressão e demência. Pode ainda facilitar o controle da epilepsia e da esclerose múltipla.
Fonte: UOL
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