O hidrômetro, mais conhecido por "contador", tem por objetivo medir o volume da água consumida (Foto: Assessoria)
A hidrometração com ligação e emissão de conta contribui para que o morador fique em alerta sobre importância da utilização racional da água e de evitar vazamentos e desperdícios. O usuário pagará conforme o volume de água consumido. Se o morador deixar a caixa d’água sem boia ou o registro aberto, será inteiramente responsável pelo desperdício.
“Antes o Estado possuía um sistema de hidrométrico tão pequeno que se tornava quase inexistente. O pouco que tinha era aleatório e a maioria não tinha ligação. Portanto, hidrometrar sem ler é mesmo que nada. Quando o usuário descobre que não está pagando pelo que está consumindo, o desperdício torna-se quase absurdo. E a distribuição de água para todos os bairros fica extremamente difícil. Agora nós estamos hidrometrando, fazendo a leitura e conseguindo avaliar a redução. Desta forma, o usuário passa a ter mais cuidado, por estar pagando pelo que está consumindo”, conta o biólogo Filogônio Cassiano Ribeiro.
Ele ainda afirma que se o consumo de água continuar sendo desperdiçado, futuramente a população acreana poderá passar por sérios problemas com a falta de água. Por isso, “é importante que cada morador colabore com o nosso sistema, assim estará colaborando também com o meio ambiente, com o exercício da economia de água e fazendo o que chamamos de um consumo consciente. Se o cidadão bem entender, sua economia pode gerar um bom resultado na conta de água no final do mês”, conta.
Os municípios de Assis Brasil, Xapuri, Capixaba, Santa Rosa do Purus já estão completamente hidrometrados. Todos esses quatro municípios contam com água em tempo integral em todos os bairros. “Água diariamente para todos os moradores do interior é fruto da hidrometração. Estamos conseguindo fazer a distribuição para todos os bairros, sem restrição. O morador passa a pagar pelo que consome e a empresa mantém o controle e reduz a perda. Antes não era possível abastecer todos os bairros, por conta da falta desse controle com desperdício que era grande”, diz o biólogo.
Brasileia, Epitaciolândia, Sena Madureira e Plácido de Castro já estão com o sistema de hidrometração em andamento. Nesses municípios, 60% do sistema já está hidrometrado e a expectativa de conclusão é para até o final do ano. Filogônio também comenta que, mesmo com a hidrometração em fase de conclusão, água não é mais o problema para a população destes municípios.
Acrelândia é o próximo município a ser contemplado com a ação, a equipe do Depasa já está iniciando o processo de hidrometração na localidade, que fica ha uma distancia de 100 quilômetros da capital do Estado, Rio Branco.
Os hidrômetros serão instalados pela equipe do Depasa, que irá levar o contador de água às residências, fazendo as ligações, e cada morador será responsável por seu hidrômetro. Todos os registros que já estão cadastrados serão atualizados e os que não estão cadastrados, como é o caso das ligações clandestinas, passarão a ser cadastrados.
Até a água chegar à casa de um morador, passa por várias as etapas de tratamento até passar pela rede de distribuição e chegar à residência. O hidrômetro é uma peça importante no sistema de abastecimento de água. Ele mede com precisão o consumo e se o usuário utilizar este instrumento de medição com responsabilidade, todos os dias suas casas serão abastecidas e o custo será mínimo.
Segundo o biólogo, além da proposta de hidrometrar todos os municípios do Acre, o Depasa conta com um projeto de construção para uma Estação de Tratamento de Água (ETA) em Brasileia. “Os trabalhos já se encontram em execução e a base de sustentação para a estação já está sendo feita. O intuito é acabar de vez com o problema da falta de água, um dia que seja, e abastecer diariamente, com um forte volume de água, o município de Brasileia e Epitaciolândia”, explica.
Fonte: Agência de Notícias do Acre
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